Tenho mostrado aqui as ferramentas de qualidade de dados, mas estas não são por si um garante de que a qualidade dos nossos dados está assegurada em completo. O processo de qualidade de dados é algo interminável. Se por um lado estas ferramentas permitem ter altos níveis de qualidade, por outro necessitam de ser constantemente alimentadas.

Ao adquirirmos estas ferramentas, elas contêm tabelas que ao longo do tempo se vão desactualizando. Se estivermos a falar nas tabelas dos nomes que são usadas no Mail e nas tabelas fonéticas, a desactualização não será muito evidente, nem muito rápida. Mas se estivermos a falar por exemplo da tabela dos arruamentos, a actualização é sem duvida uma das coisas mais fundamentais. Com as alterações urbanísticas que existem, praticamente todas as semanas temos ruas novas, renomeações de ruas, novos números de porta, já para não falar nas alterações dos códigos postais.

Com as actualizações trimestrais conseguimos garantir que estes "problemas" são minimizados. Todos os trimestres temos mais de 5.000 alterações nas tabelas. O que significa que no final do ano podemos ter uma percentagem significativa de alterações nas tabelas de referencia. Logicamente que esta percepção depende em muito não apenas da experiência, mas também da forma como se usam estas aplicações. Se por um lado existem clientes que se apercebem da existência de ruas novas ainda antes da chegada do update, por outro existem outros que mesmo depois da chegada do update, ainda demoram algum tempo até que façam a instalação do mesmo.

Mas a importância das tabelas não se fica pela sua actualização, mas logicamente também pela sua qualidade intrínseca. Se existirem muitos códigos postais que estejam desactualizados, ou se não existirem arruamentos, ou ainda se existirem duplicados de ruas, tudo isto pode contribuir para uma fraca experiência de trabalho com as ferramentas por parte não apenas dos administradores do sistema, mas também pelos utilizadores.