Encontrei este artigo no blogue do Grimaldo Salvador e não posso deixar de partilhar uma vez que relata precisamente aquilo que defendemos há mais de uma década.
Os inquestionáveis avanços da tecnologia de gestão de negócios proporcionados pelas soluções de BI (Business Intelligence) já começam ser reavaliados à luz de novos avanços da TI. Esta reavaliação ocorre, por exemplo, em face das novas tecnologias de BPM (Business Process Management) que começam a se disseminar e que concentram todas as vantagens do BI, mas com uma diferença básica e fundamental.
E que diferença é esta?
Sabemos que a grande virtude do BI está em realizar recortes temáticos altamente eficientes de tudo o que acaba de ocorrer, nos vários processos de negócios.
Além disso, com base nestas abordagens, o BI constrói consoles muito práticos e intuitivos para a visualização e correlacionamento de eventos que dizem respeito às diferentes esferas de decisão, tais como as políticas de vendas, o controle da produção e a condução financeira da empresa, cada qual com sua visão específica.
Mas são várias as diferenças entre as ferramentas de BI e os modernos modelos de BPM, principalmente os baseados em tecnologia CEP (Complex Event Processing), que possibilitam a articulação e visualização instantânea de milhões de dados e informações de processo em consoles altamente dinâmicos.
A principal diferença, porém, está num detalhe temporal. Enquanto as soluções de BI analisam fenômenos “ocorridos”, os novos modelos de BPM carregam a velocidade e os recursos necessários para uma perfeita sincronização com fatos e dados de processo em tempo real (ou seja, que “estão ocorrendo”).
Entre os diferenciais das novas tecnologias, estão recursos de monitoramento e garantia de transações providos por ferramentas tais como as de BTM, ou Business Transaction Monitoring, e de BTA, Business Transaction Assurance, que comparecem de forma articulada nas soluções mais avançadas de BPM que começam a se expandir no mercado..
Falando metaforicamente, implicaria em dizer que, se o BPM assiste o acidente (ou a sequência de transações e seus desdobramentos) ao vivo; o BI se concentra na autópsia ou na perícia criminal; ou seja: no acerto ou no erro passados.
Utilizando em larga escala no mercado financeiro global, os novos modelos de BPM em Real Time (já disponíveis mundialmente através da suite Progress RPM), começam a levar para as outras indústrias as vantagens da matemática de algoritmos aplicada a eventos de negócio.
No caso da indústria de telecom, estes avanços podem revolucionar várias áreas, tais como o controle de níveis de serviços de telefonia (SLAs) e as táticas relâmpago de captação de clientes ou de prevenção ao “churn”.
Ao enxergar todos os movimentos de mercado como uma pista de estrada vista a partir do pára-brisa, as empresas de telecom, dotadas de BPM, estarão muito mais competitivas que suas rivais embasadas em BI que, como na nossa metáfora, avaliam suas próprias ações a partir de uma visão oferecida apenas no retrovisor.
Na era do tempo real, ganhar ou perder alguns segundos pode representar a vitória em tempo recorde ou a constatação – cada vez mais comum – de que Inês é morta.
* Luiz Cláudio Menezes é presidente da Progress Software Brasil
Fonte: It Web Brasil
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