Custos da falta de qualidade de dados - 2ª parte

Depois de ter intercalado com o "placebo", volto ao tema dos custos com a qualidade dos dados, tal como prometido. Numa simulaçã...

Depois de ter intercalado com o "placebo", volto ao tema dos custos com a qualidade dos dados, tal como prometido.

Numa simulação simples, continuando com o universo de 1 milhão de registos, e mantendo os mesmos pressupostos anteriores, ou seja:
- 15% de duplicados
- 5% de moradas em falta e
- 20% de moradas incorrectas.

Tendo como base um o custo de 0,25€ por cada peça enviada e um custo de envio de 0,25€, nestes 400.000 registos que são enviados "indevidamente", existe um custo total de 200.000€ por cada envio. Se nestes conseguirmos uma redução de 25% (presumivelmente, valor fácil de atingir) teremos uma redução de custos de 50.000€. Mas se tomarmos em consideração que com o tratamento de moradas, conseguimos assinalar as moradas que podem não estar totalmente correctas, poderemos ainda ter reduções mais significativas.

Como se pode ver pelos valores da taxa de leitura automática para descontos nos CTT os valores "normais" rondam os 60 e os 70%. Dos 70% para cima já é considerado um valor bom, tendo já direito ao desconto máximo, no caso em análise estamos com um erro de moradas a rondar os 25% ou seja já com o desconto máximo logo à partida. Mas em muitos casos certamente que não é esta a realidade, sendo possível aqui ter uma poupança considerável porque o desconto é de 1% entre os 60 e os 70% e de 3% acima dos 70%.

Relembrar apenas que o valor que considerei está longe dos 0,47€ que custa o envio de uma peça em formato normalizado até 20g. Seria necessário um desconto de quase 50%.

Juntando estes valores com os valores anteriores e a questão que fica é apenas porque é que a qualidade dos dados continua em muitos casos a ser negligenciada.

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